Organização Mundial da Saúde: Celulares causam Câncer

Enquanto alguns meios de comunicação têm tentado reduzir o âmbito da confirmação, as consequências do uso freqüente e prolongado de telefones celulares são muito claras.

Por Luis R. Miranda
The Real Agenda
01 junho de 2011

A radiação emitida pelos telefones celulares causa câncer. Muitos estudos têm mostrado isto por muitos anos. Hoje foi a vez de a primeira organização globalista, a OMS, a aceitar esse facto. A Organização Mundial da Saúde passou a incluir a radiação emitida pelos telefones celulares como “cancerígena” e coloca esta junto com outros elementos perigosos como o chumbo, gases de combustão e clorofórmio.

Antes do anúncio feito hoje, a OMS havia assegurado, sem a adequada análise de estudos anteriores, que não existiam riscos associados com o uso de telefones celulares. Mas desta vez, o mais recente estudo apresentou evidências de modo tão claro e inegável, que a organização teve de emitir uma declaração aceitando que a radiação contínua de telefones móveis tem tudo a ver com o desenvolvimento de câncer no cérebro.

O último estudo envolveu 31 cientistas de 14 países incluindo os Estados Unidos, que decidiu participar depois que cientistas analisaram os resultados de estudos anteriores e perceberam a magnitude do problema. “A equipe encontrou provas suficientes para classificar a exposição pessoal como” possivelmente cancerígena para os seres humanos. ”

O que isto significa é que neste momento não ha suficientes estudos de longa duração feitos para chegar a uma conclusão clara se a radiação de telefones celulares é segura, mas há dados suficientes para mostrar uma possível conexão sobre a que os usuários devem ser alertados.

“O maior problema que temos é que sabemos que a maioria dos fatores ambientais requerem de várias décadas antes de que a exposição mostre consequências”, disse o Dr. Keith Black, diretor de neurologia do hospital Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles.

Segundo o estudo, a radiação emitida por celulares é chamada de não-ionizante. Isto significa que a radiação tem um efeito como um microondas de baixa potência e não como um raio-X, que expõe aos humanos a uma alta concentração de radiação por um curto período de tempo.

“O que a radiação do telefone faz em termos mais simples é semelhante ao que acontece com o alimento no microondas; essencialmente cozinha o cérebro. Assim, além de que conduz ao desenvolvimento de câncer e tumores, poderia criar uma série de efeitos negativos sobre a função cognitiva da memória, porque os lobos temporais estão localizados exatamente onde colocamos os telefones celulares. ”

Após as conclusões dos estudos recentes, as recomendações de cautela no uso de telefones celulares não tardaram em vir, assim como aconteceu outras vezes, mas muitos não têm dado a atenção necessária e continuam a usar os telefones celulares.

O estudo das conseqüências do uso do telefone celular tem produzido resultados que são similares a aqueles que mostram a malignidade do uso de tabaco, por exemplo. A Agência Europeia do Ambiente fez e continua conduzindo estudos que mostram que o risco do uso do telefone celular pode ser tão grande quanto o tabagismo para a saúde do usuário e os que estão ao redor. Esses estudos também compararam os efeitos da exposição à radiação com outros elementos como o amianto e a gasolina com chumbo. Nos Estados Unidos, o diretor de um instituto de pesquisa de câncer da Universidade de Pittsburgh, manifestou a sua preocupação e pediu que os trabalhadores limitem o uso do telefone celular.

“Quando olhamos para o desenvolvimento do câncer – particularmente câncer no cérebro – este é conhecido por levar muito tempo para se desenvolver. Eu acho que é uma boa idéia dar ao público uma espécie de aviso de que a exposição prolongada à radiação do telefone celular pode causar câncer, “disse o Dr. Henry Lai, professor de pesquisa em bioengenharia da Universidade de Washington, que estuda radiação há mais de 30 anos.

Os resultados do maior estudo internacional sobre o uso de telefone celular e sua relação com o desenvolvimento do câncer foi iniciado em 2010. O principal resultado do estudo mostrou que, quando os participantes usaram um telefone celular por 10 anos ou mais, a taxa de glioma cerebral dobrou. O glioma cerebral é um tipo de tumor. Apesar deste resultado, nem as autoridades de saúde nem as universidades realizaram estudos para determinar os efeitos do uso do celular em crianças, que é o grupo da população com o maior aumento no uso de telefones celulares. Em teoria, distúrbios cerebrais em crianças poderiam ser maiores, porque seus crânios não estão totalmente desenvolvidos, o que poderia contribuir a uma maior exposição à radiação do tecido cerebral.

“Os crânios das crianças e o couro cabeludo são mais finos. Assim, a radiação pode penetrar mais profundamente no cérebro de crianças e adultos jovens. Suas células se dividem mais rapidamente, de modo que o impacto da radiação pode ser muito maior. ” disse em um comunicado o Centro Médico Black Cedars-Sinai.

Apesar de que alguns fabricantes de celular têm alertado os consumidores sobre as consequências do uso excessivo de telefones celulares e como eles devem estar longe de seu corpo quando não estao em uso, a realidade é que o avanço tecnológico da sociedade faz quase impossível parar de usar telefones celulares ou mantê-los longe do corpo. Mais e mais empresas criam aplicações e programas, as pessoas se tornam mais e mais dependentes das redes celulares e outras sem fios. Assim, a tendência é que as pessoas continuem a usar os telefones celulares. Portanto, as advertências dos fabricantes de telefones sobre os riscos que o uso dos equipamentos tem, é como as advertências dos fabricantes de cigarros sobre como fumar é perigoso para a saúde. Ambas industrias sabem dos perigos, mas continuam fabricando os seus produtos.

Com o número de assinaturas de celular atingindo cinco bilhões no mundo inteiro, não é difícil visualizar a epidemia de câncer que a humanidade terá de enfrentar nos próximos anos.

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