Wikileaks: EUA Financia oposição na Síria
April 19, 2011
Departamento de Estado financia um canal de televisão por satélite contra o governo sírio.
UK Telegraph
Abril 18, 2011
Adaptação Luis R. Miranda
O Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou e continua financiando os adversários do presidente sírio, Bashar Assad, diz o Washington Post, citando documentos diplomáticos que foram fornecidos ao jornal pelo site Wikileaks.
Um dos grupos financiados pelos os EUA é Barada TV, um canal por satélite com sede em Londres que transmite notícias contra o governo da Síria, segundo o Post de domingo. O editor-chefe da TV Barada, Malik al-Abdeh, é co-fundador do grupo de exilados sírios Movimento para a Justiça e Desenvolvimento.
Os documentos que vazaram mostram que EUA tem proporcionado pelo menos $ 6 milhões para Barada televisão e outros grupos de oposição na Síria, disse o jornal.
O governo do presidente Obama falou com o regime de Assad, na esperança de persuadi-lo a mudar sua política em relação a Israel, Líbano, Iraque e apoiar grupos militantes. Em janeiro, EUA enviou um embaixador a Damasco, a capital, pela primeira vez em cinco anos.
O Post disse que não ficou claro nos documentos se o U. S. continua financiando adversários de Assad, apesar de que eles mostram que os fundos tinham sido enviados pela ultima vez em setembro de 2010.
Ativistas sírios organizaram protestos contra o regime autoritário do Assad há mais de um mês. Mais de 200 pessoas foram mortas quando as forças de segurança tentaram esmagar os protestos.
No domingo, atiradores abriram fogo durante o funeral de um manifestante, matando pelo menos três pessoas, disseram testemunhas e ativistas. Dezenas de milhares de sírios foram às ruas em todo o país apesar da promessa de Assad de terminar com quase 50 anos de estado de emergência nesta semana, uma das principais exigências dos manifestantes.
Na semana passada, o Departamento de Estado disse que o Irã parecia estar ajudando a Síria a reprimir os manifestantes, chamando-lhe um exemplo preocupante de intromissão iraniana na região. Esta informação nunca foi confirmada independentemente.
“Se a Síria busca ajuda do Irã, pode ser que o sua suposta reforma não seja real”, disse o porta-voz Mark Toner aos repórteres.